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Naquele tempo, Heian Kyo, que significa "capital da paz e da tranquilidade12", era um local magnífico, onde residia sua Majestade o Imperador. Nobres senhores vestidos de vermelho, túnica cerise, calças púrpura, nobres damas em trajes deslumbrantes, de cores sempre renovadas, rivalizavam em justas de amor e jogos de espírito. As sumptuosas festas sucediam-se sem parar nos palácios, solares, ornados de estátuas magníficas. Os músicos acompanhavam às margens do lago
das Oito Virtudes os amantes do luar. Os templos eram construídos em madeira preciosa, ornados a nacre, incrustados de pedras preciosas, e as cerimónias rituais davam lugar a faustos sem igual por todo o império.
O imperador Saga era um homem idoso, já um pouco cansado destes perpétuos folguedos. Rola-o um desgosto secreto. Não tinha filhos. Ausentava-se muitas vezes da corte, e ia com alguns fiéis e discretos servidores ter com um ermita, um monge zen. Este vivia não longe da capital, numa simples cabana de ramagens, ao pé dum pagode em ruínas. Sentado num tronco de árvore, Saga observava o monge orar, meditar, cortar lenha, e o machado brilhar ao sol ao ritmo dos golpes.
"Vejo-te viver há vários anos, Ryoben, tu és activo, enérgico, generoso e sábio. Estou a envelhecer, não tenho filhos. Queres suceder-me, queres ser imperador?"
A esta pergunta espantosa, o monge nada respondeu.
"Imagina, Ryoben, os prazeres, a riqueza, o poder absoluto, o direito de vida e morte sobre tudo o que respira neste país. Podias mandar construir aqui um palácio, ou um templo de cem pagodes, divulgar o Zen, estender a sua influência. Não te sentes tentado?"
Então Ryoben pousou o machado, alisou a roupa, e disse:
"Vou até à margem da ribeira lavar os meus ouvidos emporcalhados por essas palavras."
Foi até à ribeira onde encontrou um camponês que ali ia muitas vezes levar a vaca a beber.
"Estás a lavar os ouvidos a estas horas do dia?
— Sim, os meus ouvidos foram emporcalhados pelas palavras do imperador. Propôs-me que lhe sucedesse, — e que subisse ao trono.
— Compreendo bem que te laves! — disse o camponês, — e nessas condições não vou deixar que a minha vaca beba dessa água suja."
Provocação, impertinência, o grande riso libertador do Zen. O monge considera com um olhar igual o príncipe e o pobre-diabo, oleão e o vermezinho. Não desejando nada, não possuindo nada, o Zen é a liberdade perfeita.
Numa quinta-feira pela manhã, na fábrica...
O Presidente chama o Director e diz: "Sr. Carlos, reúna o seu pessoal e diga que em virtude da passagem do cometa Halley que acontece no intervalo de 75 anos, amanhã o expediente terminará mais cedo para que eles assistam esse espectáculo da natureza".
O Director por sua vez reúne-se com os gerentes e comunica: "meus caros avisem ao pessoal que aquele cometa que tem 75 anos, o "Halley" vai passar pela terra amanhã, por isso o expediente terminará mais cedo" O gerente convoca todos encarregados, no mesmo dia, e avisa:
"Gente uma boa notícia: um tal de "Halley" acho que é um senhor de 75 anos vem aqui na fábrica amanhã para dar uma palestra sobre cometas, portanto o expediente acabará as 15:00 hs".
Já em clima de festa os encarregados sobem numa bancada, reúnem todos os funcionários e avisam:
"Aí roçada, o Bill Halley e seus cometas, aqueles que cantam "Rock and Roll " vem aqui na fábrica para um show.
Então, amanhã 15:00 horas todo mundo preparado para dançar".
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